Gêneros musicais – Abertura e Sinfonia Clássica.

Século XVIII

Abertura e Sinfonia

O estilo chamado “Estilo Galante“, da primeira fase do período clássico é um estilo amável, cortês, que visava principalmente agradar o ouvinte. Muita coisa nessa música peca pela falta de profundidade, mas naquilo que ela tem de melhor, mostra-se refinada, bem elaborada e extremamente elegante.

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ABERTURA

Considerada uma das precursoras da sinfonia, o termo Abertura designa uma composição orquestral composta para ser interpretada antes de uma obra lírica (opera, opera buffa ou oratório) ou até algumas suítes. No Orfeu (1667) de Monteverdi, a “Sinfonia” inicial é a pequena fanfarra é a mais antiga prefiguração conhecida da Abertura à italiana, também chamada Sinfonia, inaugurada por P. Cesti (Il pomo d´Oro, 1667) e à qual Alessandro Scarlatti (pai do compositor Domenico Scarlatti) desenvolveu sua forma tripartite definitiva (allegro, largo, vivace).

Compositor Samuel Arnold

Samuel Arnold (1783-1802) foi um dos mais produtivos compositores ingleses de Londres no final do século XVIII. Nasceu em Londres, filho de Thomas Arnold e provavelmente da princesa Amélia, foi discípulo de Handel. Dedicou-se a composição de canções que chegaram a ser muito populares nas horas de laser nos jardins da cidade estabelecendo sua reputação.

As Seis Aberturas, Op.8, foram publicadas em partes por John Welcker em cerca de 1771 (perdidas) e reeditadas por Longman & Broderip uma década depois; uma versão para teclado (com variantes menores) atesta sua popularidade como entretenimento doméstico.


SINFONIA

A sinfonia clássico-romántica e a operística do século XVIII apresentam relações formais externas visíveis. O ponto de partida é a sucessão de movimentos sinfônicos no esquema da Abertura Italiana em três seções (rápido-lento-rápido).

Na sinfonia pré-clássica o nome que se destaca entre outros, é o italiano G. B. Sanmartini. Considerado por muitos o pai da sinfonia, ele enfatiza os elementos do ritornelo, as repetições simétricas, ainda em estilo mais de câmara que orquestral e em três movimentos.

Datadas de 1730, estas sinfonias são ainda do período barroco.

G.B. Sammartini – Sinfonía nº39 en Sol mayor – 1. Allegro (Análisis)

SINFONIA – PERÍODO Clássico

A transição do barroco para o clássico pode ser considerada como a busca dos músicos por um equilibrio das formas musicais. Com as novas ideais revolucionários do Iluminismo a música se enriquece em busca da “pureza total”. Caracteriza-se pelo cultivo da Musica Pura isto é, aquela que expressa pelos seus próprios recursos (melodia, harmonia, ritmo, timbre, formas, etc). Musica pura é resultado do espaço sonoro dos elementos da musica nele organizados. Alguns dos compositores mais famosos deste período são: Carl Philip Emanoel e Johann Christian , filhos de J. S. Bach, Haydn e W. A. Mozart e as primeiras composições de L. van Beethoven.

Em 1760, se verifica uma padronização na escrita sinfônica: a) quatro partes para as cordas, dois oboés e duas trompas; b) instrumentação padronizada; c) os movimentos lentos são escritos para as cordas; d) a linha melódica do estilo galante dá lugar à melodias mais longas e com menos ornamentos; e) a forma sonata fica mais clara como estrutura musical; f) os sinais do Barroco desaparecem e a sinfonia clássica se aproxima da maturidade.

COMPOSITOR: JOHANN WENZEL ANTON STAMITZ, de origem checa, nasceu em Junho de 1717, violinista virtuose, regente e compositor ira modificar esse esquema de construção da sinfonia adicionando um movimento dançante extraído da suíte, antes do allegro final: o Minueto.

Com a expansão da sinfonia, surge a necessidade da orquestra também se desenvolver; a explosão sonora também se dará com a sofisticação do conjunto orquestral. O aporte de Stamitz para o quadro da evolução dos conjuntos instrumentais próprios do barroco da orquestra clássica constitui um referente indispensável para a historia da musica.

Ele foi quem transformou a orquestra de Mannhein de referência europeia. Foi a mais famosa orquestra da era clássica. Naquela época, Mannhein era considerada o “local supremo” para as execuções orquestrais e o culto à sinfonia.

Sob o patrocínio do Eleitor (governante) Carl Theodor, Stamitz ampliou a orquestra para 4 flautas, 2 oboés, 2 fagotes, 10 primeiros violinos, 10 segundos violinos, 4 violas 4 violoncelos e 2 contrabaixos. Havia, também, a possibilidade de utilizar 4 trompas e 2 tímpanos, além de, nada mais nada menos, 12 trompetes, pois como todo governante da época, não se furtava de ter uma fanfarra de trompetes. Essa formação orquestral era, realmente, poderosa para a época.

Sinfonia em RÉ, OP.3 Nº2 (Presto, Andantino, Minueto e Prestíssimo). Publicada en Paris em 1757, foi provavelmente composta no inicio de 1750 depois de que Stamitz viaja a Paris.

Johann Stamitz Symphony in D Op3 No2

A variedade temática e a clareza de contrastes deixam sentir a ordem e o refinamento do estilo galante porém, com profundidade dramática, a obra deixa de lado a exposição continua de linhas melódicas para construir uma partitura de orquestra extravagante e de densa sonoridade. Esta obra representa a melhor fase do estilo sinfônico de Mannheim, sendo por isto um exemplo do estilo sinfônico mais maduro de Stamitz.

No primeiro movimento as cordas e as trompas pulsam a linha do baixo e a orquestra cresce gradualmente em densidade sonora até um fortíssimo. Durante a peça se percebe a vivacidade típica de Stamitz, por um lado o talento como compositor e por outro o estilo interpretativo próprio e característico: O claro-escuro em contrastes extremos, combinado com um perfeito comando da linguagem harmônica nascendo juntas na estrutura formal durante toda a peça. Estes contrastes sonoros caracterizam não só a Stamitz como assim também à orquestra de Mannheim.

Ele compõe 58 sinfonias, concertos para violino, flauta, clarinete y cravo, assim como abundante musica para orquestra de câmara. Filho de um organista, Stamitz havia ingressado ao serviço do eleitor de Mannheim em 1741.

Sob a regência da orquestra de Mannheim, o compositor fez uma série de inovações na prática orquestral, como a gradação dinâmica da potencia sonora (crescendo) e o uso destacado e expressivo dos instrumentos de sopro. Seu trabalho frente à orquestra de Mannheim foi decisivo.

No seu entorno se formou toda uma escola musical conhecida como a escola de Mannheim na que se incluem seus filhos, Carl e Anton, F.X. Richter, compositor de 12 sinfonias, Ignaz Holzauer e Johann Cristian Cannabich, considerado o sucessor de Stamitz e compositor de 73 sinfonias. Os músicos da Escola de Mannheim, na Alemanha aperfeiçoaram o trabalho deste compositor, completando em muito a formulação do gênero sinfônico.

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REFERENCIAS

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GUIA ILUSTRADO ZAHAR. Musica Clássica, Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor Ltda., 2006.

KUHN, Clemens. Tratado de la forma Musical, Barcelona: Editorial Labor, S.A., 1992.

SCHERCHEN, Hermann. El arte de dirigir la orquestra, Barcelona, Editorial Labor, S.A., 1950.

SQUEFF, Enio. A Música na Revolução Francesa, Porto Alegre: L&PM, 1989.

REZENDE, Conceição. Aspectos da Música Ocidental, Belo Horizonte: universidade Federal de Minas Gerais, 1971.

RAYNOR, Henry. Historia Social da Música: da Idade Média a Beethoven. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1981.

HARNONCOURT, Nikolaus. O Discurso dos Sons: Caminhos para uma nova compreensão musical. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor Ltda, 1988.

Autor: Cecilia Battaglia

Cecilia Battaglia, cursando Mestrado em Arte Educação (IHAC/UFBA), e em Composición Músical y Nuevas Tecnologías (UNIR/ España), Licenciada em Musica, e Técnica em Musica/Piano, Especializada em Psicopedagogia e Arranjo Musical. Formada em Educação Musical e Bacharelado em Canto tem cursos de Composição Musical e Produção Musical (Berklee/EEUU), Monitor de Yoga e Eco-saúde (España), Metodologia Dalcroze e Willems, Técnica Alexander, Eutonia, Fisiologia da voz, Percepção Musical com M. del Carmen Aguilar (Bs.As./Argentina), e outros relacionados à pesquisa e prática músical, Terapias Alternativas e Neurociência (Argentina e Brasil). Cecilia Battaglia, studying a Master's Degree in Artistic Education (IHAC/UFBA), and in Musical Composition and New Technologies (UNIR/ Spain), Bachelor of Music, and Musical/Piano Technique, Specialized in Psychopedagogy and Musical Arrangements. With a degree in Music Education and a Degree in Singing, she has courses in Musical Composition and Musical Production (Berklee/USA), Yoga and Eco-Health Monitor (Spain), Dalcroze and Willems Methodology, Alexander Technique, Eutony, Physiology of the Voice, Musical Perception with M. del Carmen Aguilar (Bs.As./Argentina), and others related to musical research and practice, Alternative Therapies and Neurosciences (Argentina and Brazil). Cecilia Battaglia, cursando Maestría en Educación Artística (IHAC/UFBA), y en Composición Musical y Nuevas Tecnologías (UNIR/ España), Licenciada en Música, y Técnica Musical/Pianística, Especializada en Psicopedagogía y Arreglos Musicales. Licenciada en Educación Musical y Licenciada en Canto, cuenta con cursos de Composición Musical y Producción Musical (Berklee/EEUU), Monitor de Yoga y Eco-Salud (España), Metodología Dalcroze y Willems, Técnica Alexander, Eutonía, Fisiología de la Voz, Percepción Musical con M. del Carmen Aguilar (Bs.As./Argentina), y otros relacionados con la investigación y práctica musical, Terapias Alternativas y Neurociencias (Argentina y Brasil).

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