Como pensar e apreciar música
Como escolher a música para cada momento, se hoje nem paramos para escutar ao outro? Podemos chegar a uma nova visão da música e entender outras possibilidades de aplicação dela que vão alem do mero laser.
De alguma forma sabemos que a música afeita, mexe, incentiva, direcciona, influi, possibilita e transcende estados de ânimo como também as emociones negativas e positivas. Mas, que tão conscientes somos disso? Ela transforma e transcende algumas concepções mentais, emocionais e até físicas.
Na Grécia Antiga, Pitágoras descrevia o cosmos “como um entrelaçamento de razões e proporções invisíveis”, visualizando assim “uma correlação mística entre Aritmética, Geometria, Música e Astronomia”. A civilização grega colocava a Música no mesmo nível com as outras ciências, porque eles sabiam do poder da música e de como utilizá-la para cada momento.
“Os corpos estão dispostos entre si segundo a mais musical das razões, no intuito de reproduzir uma melodia cuja ressonância se espalha pelo majestoso movimento e pelas melodiosas circunvoluções do céu.” Pitágoras
Se considerarmos a música como um todo complexo dificultará nossa apreciação dela; não entanto, percebendo-a como um todo relativo a cada uma de suas partes conseguiremos reconhecê-la e escolher a adequada para cada necessidade sentindo seu ritmo; cantando a melodia; percebendo e pensando a instrumentação e as cadencias que ela tiver.
Quando a música se dissolve no êxtase, ela nos transporta para um lugar abstracto, distante do mundo físico que, normalmente, ocupa nossas mentes. Para a inteligência lógico-matemática, o som na verdade, não passa de vibrações. Um físico, por exemplo, pode medir com precisão as frequências de som mas, para o psicólogo importam mais as sensações que o som possa produzir e os efeitos gerados dele. As concepções tradicionais de música alicerçadas no pensamento lógico-matemático explicam, geralmente a música desde um ângulo reservado só para músicos e para a percepção humanista é uma espécie de experiência que o cérebro extrai do meio ambiente
Os efeitos biológicos do som e suas diferentes frequências utilizadas em algumas composições musicais provocam nos seres:
- Um aumento ou diminuição do ritmo da energia muscular;
- Pode acelerar a respiração ou alterar sua regularidade,
- Pode produzir um efeito marcado porem, variáveis, na pulsação, na pressão sanguínea e na função endócrina.
- Diminui ou aumenta o impacto dos estímulos sensoriais,
- Tende a reduzir ou retardar a fadiga e, consequentemente, incrementa o endurecimento muscular.
- Aumenta a atividade voluntária, como escrever, estudar, etc e incrementa a extensão dos reflexos musculares empregados no escrever, desenhar, tocar um instrumento, imaginar e trabalhar.
- É capaz de provocar mudanças nos traçados eléctricos do organismo,
- É capaz de provocar mudanças nos metabolismos na biossíntese de vários processos enzimáticos.
Exercício:
“Ouvir em torno e ouvir-se por dentro”. Este exercício constitui um conhecimento vital e revelador; transforma a audição inconsciente em consciente. Se pretendermos algum dia modificar os contínuos e variados “ruídos” que nos circundam, deveremos previamente conhecer o ecossistema sonoro. Ouvir em torno é uma forma simples de meditação ou de contacto com a realidade. Muitas vezes confundimos o mundo real com o que pensamos ou falamos do mundo a través de seus símbolos. Ex: Uma criança jogando bola aparece como um pensamento na mente mais quando paramos para ouvir identificamos o ritmo que som da bola tocando no chão está fazendo.
Estamos tão cheios de palavras, que os sons puros e reais não tem espaço em nosso ser. Por isso, os mestres espirituais ensinam que a necessidade está em esvaziar a mente e assim, poder chegar ao ser.
Com o “copo cheio” não é possível tomar água da fonte do conhecimento.
Uma consideração sobre “O poder da Música”